O que fazer na crise?
Em momentos de dúvidas e incertezas, devemos abandonar as críticas e, ao nos desapegarmos de antigos padrões, podemos agir em prol do bem comum.
Muitos discutem hoje sobre os fatos de ontem, sejam políticos ou de insegurança, que o mundo atual apresenta. É estranho, pois, cada um, em grande maioria, está tão distante de qualquer que seja esta "realidade", ou alheio, e fica apenas a observar e criticar os assuntos sem muito fazer.
A vida, entretanto, pede que num dia de sol ou mesmo de grande tempestade, com as atenções e os cuidados que cada dia requer, agir de acordo com a condição requerida, mais do que apenas falar. É preciso ser, preferencialmente, pró-ativo neste momento, já que ser provocativo requer sabedoria ainda maior.
Para julgar qualquer coisa é preciso saber o que seja realmente a verdade, pois tudo tem muito mais de dois lados. Portanto, para que se atrever a afirmar qualquer coisa, quando o momento requer o trabalho de todos no sentido do bem comum? E este bem comum é simples saber o que seja!
A verdadeira felicidade se obtém quando há desapego, pois a satisfação é muito mais fácil de ser sentida, já que está menos dependente de finas iguarias, sabores mais sofisticados e de bens que transcendem reais necessidades e o curto período de permanência por aqui, na transitoriedade da vida.
Cabe sim a cada um mudar o mundo, mas essa capacidade começa quando conseguimos voltar a ser donos da própria vontade e menos sujeitos às opiniões e propaganda alheias. Quando no coração reinar paz, produzida por uma atitude muito mais responsável com a autodisciplina do que com o que o outro deve mudar.
Quando a cortesia, a ética, os bons costumes forem tão introjetados nas ações, que para acontecer uma boa ação nunca se manifesta o segundo pensamento, a segunda intenção. Desta maneira, talvez, os amigos sejam de verdade, o amor seja de fato incondicional e o mundo um lugar para se viver em paz.
Victório José Almeida é administrador e empresário, focado em desenvolvimento organizacional e coaching.
